“Quando
você ama, tenta demonstrar de alguma forma. Do jeito errado, do jeito certo,
sem jeito, do seu jeito, mas tenta.”
Mellanie POV
Saímos do carro e nos sentamos num banco branco em frente ao lago, me aconcheguei toda nervosa, ele colocou seu braço em meu ombros e ficamos olhando a paisagem, a noite estava realmente linda! Muitas estrelas e sem nenhuma nuvem.. (mais ou menos assim):
- Já disse que eu te amo? - ele disse.
- Já - sorri - Eu também te amo..
Ficamos lá, parados... Sem dizer nada, só curtindo o momento.
- Você é a primeira pessoa que eu trago aqui.
- Nossa, que honra! - disse e ri.
Depois de umas horas, entramos e ficamos a noite toda assistindo filmes e beijando.
Jessie POV
Fui até o bar para encontrar o Chris, mas apenas me lembro de vê-lo e desmaiar. Acordei na mansão dele, na cama dele! Abri os olhos e ele estava sentado aos pés da cama, olhando para mim.
- Dormiu bem, rosinha? - ele disse e sorriu.
- Ah, que merda é essa? O que eu tô fazendo aqui? - perguntei atordoada.
- Bem, você chegou no bar e começou a falar umas coisas estranhas. Então, se sentou perto de mim e desmaiou, caindo no meu colo. Eu te levei pro carro e te trouxe pra cá.
- Uau, eu bebi muito, hein? - ri. - Obrigada e desculpa pelo incomodo.
- Não tem problema, rosinha. Mas então, como vão as coisas com o John? - Quando ele perguntou aquilo, uma pontada de raiva me dominou. Johnattan. Ele era o motivo pelo qual eu havia bebido tanto.
- Não vão.
- Vocês terminaram?
- É, e foi feio... Prefiro não falar sobre isso, Chris. Preciso esquecer Johnattan.
- Talvez eu possa ajudar... - ele disse e se aproximou. Eu não esperava que Chris fosse me beijar, mas ele o fez.
Acho que estava me sentindo fraca, mas só sei que retribuí imediatamente. Eu precisava ser consolada. Precisava de alguém que me desse um pouco de confiança naquele momento, mas confundi as coisas. Aquilo não estava certo.
Terminei o beijo me distanciando dele.
- Chris, olha... Eu, eu não posso fazer isso. Acabei de sair de um relacionamento muito complicado. Não era só um namorado, um lance normal. Tivemos uma história longa e eu não posso esquecer disso tudo por causa de um impulso. Simplesmente não posso confirmar as acusações de Johnattan. - disse caminhando para a porta do quarto.
- E do que ele te acusou?
- De ser uma vadia. - respondi e saí.
Era uma questão de respeito, coisa que Campbell não teria comigo, mas eu não era como ele. Não sairia beijando outros caras só porque terminamos. Assim eu só confirmaria tudo que ele havia dito.
"Você é uma vadia, eu sempre soube."
Aquilo doeu mais que uma facada. Doeu mais que um tiro à queima-roupa. Doeu mais que ter matado meu padrasto. Doeu mais que qualquer coisa que eu já tenha passado nessa droga de vida.
Johnattan era a única pessoa em quem eu realmente quis confiar. Confiar minha alma. Todo o amor que pudesse existir em mim. Me entreguei de corpo e alma.
Mas eu já devia saber. Nossa história já era longa. Já havia acabado uma vez, é claro que acabaria de novo. Arrisquei muita coisa com ele.
Tudo que posso fazer agora é deixar o tempo passar e curar as cicatrizes.
Chris me seguiu quando saí do quarto.
- Ei, Jess! Espera! Não vai. Me desculpa. Não vamos começar assim. Somos amigos há tempo demais e essas coisas acontecem com bons amigos, não é? - disse ele rindo.
De costas para ele, ri também. Chris era um ótimo amigo, não poderia terminar uma amizade assim por causa de um simples impulso.
- Tem razão. - concordei, me virando de frente para ele.
- Então, vamos começar de novo? Vamos tomar um café pra curar sua ressaca?
- Vamos sim. - sorri.
Não sei se isso foi o recomeço de uma amizade, ou o começo de mais alguma coisa, mas eu estava sozinha e não queria voltar para casa de jeito nenhum. Talvez Chris tenha razão. Talvez possa me ajudar a esquecer de tudo, e se puder, não vou desperdiçar a chance de algo novo.
De um recomeço.
Johnattan POV
Saí e fui para uma boate. Era uma das melhores e as strippers de lá sempre eram recomendadas. Como eu era o dono, podia fazer o que bem entendesse.
Sentei em um sofá grande e macio. Pedi um whisky para o garçom e fiquei observando o movimento das pessoas. Dançavam como se fossem morrer dali a dois minutos. Os casais se beijavam como se fossem um só, como se estivessem fundidos um no outro. Que deprimente.
É idiotice achar que coisas como amor existem. São sentimentos que são implantados em cada um quando nascemos, mas podemos escolher senti-lo ou não. Eu tentei, mas é difícil sentir coisas que não existem. Não existem.
Enquanto eu pensava, bebendo meu whisky, uma garota se aproximou.
- Boa-noite, Campbell.
- Ora, parece que já conhece seu chefe. - falei sarcástico.
A garota era loira e um pouco mais baixa que eu. Tinha um corpo lindo. Olhos castanhos e profundos. Parecia ter uns 20 anos.
- Bem, é você que me paga. Preciso conhecer minha fonte de dinheiro.
- Você é nova por aqui, não é? - Ela assentiu. - Qual o seu nome?
- Layla Moskovitch. Sou russa.
- Muito bem-vinda, Layla. Se dedique, e lucrará muito bem por aqui.
- E como vou saber se estou me saindo bem?
- Hum, vejamos... Talvez eu possa fazer um teste com você. - falei com um sorriso malicioso.
- Treinamento com o chefe?
- Só quero que minhas garotas se saiam bem.
À levei até meu carro e de lá fomos a um motel qualquer.
A garota realmente trabalhava bem, mas não era muito diferente das outras.
Foi uma noite qualquer. Deixei 200 dólares no criado-mudo do quarto, como forma de pagamento para Layla e fui embora.
Voltei para a mansão de Kimberly e Jessie. Abri a porta eletrônica da garagem, mas quando fui estacionar havia outro carro lá dentro. Não era a Ferrari preta de Jessie, nem a Lamborghini vermelha de Kimberly. Era uma BMW. Não reconheci. Não era de ninguém da casa. Fiquei confuso com aquilo, então estacionei o carro fora da garagem.
Entrei na casa e tudo foi esclarecido. Chris e Jessie assistiam à televisão na sala.
Chris, meu ex-parceiro de gangue.
Chris, meu amigo.
Chris, o futuro namorado da minha ex.
Kim POV
– Me concede uma dança? – Adam me perguntou pegando em
minha mão. Sorri assentindo e me virei ficando de costas para ele. Adam
entendendo como seria a tal dança colocou suas grandes mãos em minha cintura se
movimentando junto com meu corpo.
Eu já estava louca com
aquele homem. Cara, ele é muito gostoso, sério!
– Poderíamos conversar em
um lugar mais reservado? – Me virei e disse.
– Claro. – O mesmo
assentiu.
Passamos pelo meio
daquelas pessoas que dançavam como se o mundo fosse acabar, chegamos à escada e
Adam me deu espaço para eu ir em sua frente. Sorri e subi as escadas, chegamos
a um corredor. Adam me pressionou na parede e me beijou ferozmente. Sentir seu
colega bater em meu quadril não estava ajudando. Adam subiu minha perna direita
me dando impulso para subir a outra, entrelacei minhas pernas em sua cintura.
Adam abriu a porta de um quarto qualquer me jogando em cima da cama.
Mordi os lábios quando
ele tirou sua camisa subindo em cima de mim. Enquanto o beijava minhas pequenas mãos passeavam por seu abdômen musculoso. Adam abriu o zíper do meu
short e o ajudei a tirar o mesmo, levantei meus braços e Adam tirou minha
blusa, adentrei com a mão em sua calça e o mesmo se afastou retirando-a. Agora
estávamos apenas com peças íntimas. Adam me olhou nos olhos e depois admirou
meu corpo. Acho que ele foi o único até agora a me olhar com admiração e não
com malicia. Isso é bom, ou não?
– Você é tão... linda. – O mesmo me disse, me fazendo corar.
– Obrigada. – Sorri
tímida.
Adam sorriu de volta e arrancou
meu sutiã me arrepiando, ele apertava meu seio esquerdo enquanto abocanhava
o direito. Adam mordeu o mamilo do meu seio me fazendo arfar, a dor era tamanha,
mas o desejo nem se contava. Adam sorriu safado e desceu beijinhos por minha
barriga até chegar a minha intimidade, ele rasgou a minha calcinha e passou a mão
pela mesma, sorrindo por eu estar molhada. Adentrou dois dedos em
meu sexo me arrancando gemidos, aquilo é maravilhoso e torturante, eu queria
algo maior, que fosse mais fundo. Eu queria mais!
– Anda logo, cara, por
f-favor. – Implorei. Ele era meio carinhoso então seria difícil se eu não
tivesse implorado. Adam assentiu e foi procurar sua calça.
– Ali. – Apontei para o
canto. Adam tirou uma camisinha da calça e tirou sua boxer, logo seu membro já
estava com o preservativo.
– Você carrega camisinha?
– perguntei arqueando a sobrancelha.
– O que foi? É questão de
responsabilidade.
– Que seja. – Revirei os
olhos. Adam me olhou e eu assenti, logo senti seu membro escorregar por dentro
de minha intimidade. Gemi com um sorriso safado, fechei os olhos e arquei o
quadril ajudando o mesmo com os movimentos. Aquilo era tão bom, e o melhor era
que Adam era um puto de um bem dotado, o que me satisfazia mais ainda.
❁
Desde o dia da boate, Adam
tem me ajudado bastante, em todos os sentidos, se é que me entende. Eu realmente
estava gostando de passar meu tempo com ele, e ele parecia gostar bastante de
mim. É diferente, porque nenhum cara nunca demonstrou isso. Mas eu me
acostumo.
Jus POV
– Cara, você é foda! –
Ryan me elogiou batendo em minhas costas.
– Eu sei. – Dei de ombros
jogando as cartas na mesa.
– Você rouba, Bieber. É
impossível isso. – Chaz disse chateado. Já tinha ganhado ele cinco vezes no
baralho.
– Claro, até porque eu
ligo pra isso. – respondi.
– Jason vai tomar uma porrada
quando chegar aqui. – Lil chegou à sala com expressão de raiva.
– Que é, que é? –
perguntei rindo.
– Mano, eu já liguei pra
ele mais de cem vezes e o filho da puta não atende. Só cai na caixa postal.
– Comigo tá a mesma coisa,
cara. – Chaz disse.
– Eu disse que ele se
apaixonando ia dar merda, vocês não me ouviram. – dei de ombros.
– Pelo menos ele tá com a
garota né, Bieber. Foda é estar doido pra comer uma que te deu um fora. E ainda dá,
aliás. – Lil disse rindo, mostrei o dedo do meio pra ele.
– Verdade, Bieber, quando
vai ver ela? – Ryan perguntou. Tinha que ser.
– Ahn, nunca? – respondi
bebendo um gole do meu drink.
– Sério mano, vai lá. Mete
o louco na mina. – Lil disse.
– Tu tá maluco, cara? Não
quero nem saber mais dela. Tô pouco me fudendo. – disse.
– Você não merece ela, Bieber. – Chaz disse me olhando torto.
– Quem é você pra me
dizer o que eu mereço ou não? Cara, eu realmente não estou me importando com
ela. Vão se fuder vocês. – respondi.
– Beleza cara, só desejo
que você foda muitas morenas. – Ryan disse rindo.
– Loiras cara, loiras. –
Chaz disse.
– Contando que sejam
gostosas, as duas estão boas. – disse.
– Vou lá. – Ryan me cumprimentou
e depois cumprimentou os caras.
– Ryan, seu vacilão! Tu
disse que ia pra aquela boate do Bieber comigo hoje. – Lil disse.
– Porra, esqueci disso, velho. Agora já era, tenho que partir, fui. – Ryan disse e saiu.
– Mané. – resmunguei.
– Bieber, podemos
conversar? – Lil me chamou.
– Claro.
– A sós. – respondeu bruto
olhando para Chaz, logo o mesmo saiu.
– Solta a voz. – disse.
– Cara, nem sei se falo
isso pra você. – franzi o cenho. – Tu tá com maior raiva da garota, tô até me
arrependendo...
– Fala, cara. É sobre a
Kimberly?! Pode falar...
– Falou, ela foi vista na
boate “Comes Love” lá de Atlanta, saindo com seu antigo inimigo.
– Que eu me lembre bem, Lil, eu matei todos os meus inimigos e expulsei um. – respondi.
– Cara, lembra do Adam?
– Adam? – franzi o cenho.
Adam, Adam, Adam, quem é esse?
– O Levine, porra! – fechei
o punho.
– Quero provas. – respondi
ríspido. Lil jogou as fotos da Kimberly saindo com o Levine da boate.
– FILHA DA PUTA! – Rangi
os dentes. Peguei o vaso que estava na mesa jogando na parede.
“Eu estive ignorando este nó grande na minha garganta,
Eu não devia estar chorando, lágrimas são para os fracos.
Nos dias que sou mais forte, "e daí", é o que
digo,
Isso é algo que falta.”