Hot Killers x Evil Eagles - Capítulo: 14 : How are you?

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Jus POV

E cada palavra era uma facada em meu coração. E naquele momento, eu me sentia um nada. Era como se, tudo o que eu lutei para ser, não valia mais nada naquele momento. Kimberly foi a mulher que conseguiu que eu me sentisse um nada.

A minha vida toda
E daqui pra frente
Eu nunca vi
Alguém como você

Você é uma faca
Afiada e mortal
E sou eu
Quem você rasga

– Vai ficar ai me olhando com essa cara de bocó? Ou vai me dizer de novo que quer me comer ou o quão gostosa eu sou? – revirou os olhos.

Mas eu não ligo
Pra falar a verdade, eu gosto
Embora eu esteja apavorado
Estou excitado e com medo de você

– Kim – a puxei para perto de mim e nossos olhares se encontraram. Kim por um momento se desconcentrou mas logo voltou a real me xingando. – Eu sei, tá legal, eu sei que eu nunca vou poder ser o pai dos seus filhos, que nunca poderemos passar os melhores momentos juntos. Que eu sou o seu passado sujo, e não passo disso. Mas eu não entendo, em como você pode dizer umas coisas dessas enquanto seus olhos dizem outras. – Kim me olhou assustada, mas se manteve em sua postura.

– Mas não te chamei aqui para isso.

– Então pra qu – antes que ela terminasse eu rapidamente peguei em sua cintura a calando com um selinho. Kim não me afastou e nem me xingou. Ela apenas continuou intacta.

– Eu só queria pedir a você que... – parei respirando fundo, eu realmente nunca tinha feito isso antes, na minha vida – Só queria te pedir que essa noite fosse diferente, sem brigas, xingamentos, patadas, ou você me dando ordens, lições ou até me dizendo tudo o que você disse. Eu chamei você Kim, porque eu sei que agora que eu já não moro mais em Atlanta, a gente não vai mais se encontrar por ai. Eu não vou mais poder te encher o saco. Ainda mais agora com esse Adam ai na sua cola. – fiz uma careta ao dizer isso – Eu tenho certeza que vocês irão ficar por um bom tempo juntos. – aquilo me doeu, mas foi a verdade, nua e crua. A verdade que eu queria me esconder, mas não podia, não mais. – Porque, esse cara não vai ser idiota de te deixar, e você o quer mais do que ninguém... Então, nada irá atrapalhar vocês...

– Porque você continua com esse discurso? Eu sei que você está enrolando e não é isso que quer dizer.

Ela é um monstro
Lindo monstro
Lindo monstro
Mas eu não ligo

E eu preciso dela
Disse que preciso dela
Lindo monstro
Mas eu não ligo

– Não, não é. Eu realmente queria dizer que nada irá nos atrapalhar. Mas nós, nunca mais poderá existir, então, eu queria dizer mesmo Kim, que eu quero passar uma última noite com você. Nós juntos, sem Adam, sem ninguém. Só nós, sem nossos sentimentos de ódio. Foi por isso que eu chamei você aqui. – Kim me analisou um pouco. Parecia que nem ela acreditara que essas palavras tivessem saído logo da minha boca.

– Ok! – Kim disse se rendendo.

– Isso é um sim? Você aceita passar uma última noite comigo? – perguntei em um tom alegre.

– Sim Bieber, sim. – revirou os olhos e espremeu seus lábios. Ah seus lábios, seus lábios pequenos e vermelhos por causa do batom. Viajando em um mundo completamente diferente do que eu estava acostumado, eu me senti na vontade de beija-lá. Como se nunca tivesse a provado e queria saber seu gosto como um garotinho de treze anos apaixonado.

Dei um passo para frente a fazendo me olhar um pouco assustada. Seu cheiro doce estava cada vez mais perto, toquei seu braço e Kim me olhou em reprovação.

Em seus olhos
Tem amor e fogo
No meu coração
Ela queima

Mas eu não ligo
Pra falar a verdade, eu gosto
Embora eu esteja apavorado
Estou excitado e com medo de você

– Só nós. – lhe mandei uma piscadela e Kim relaxou seu semblante como se tivesse me entendido. Sorri de lado e a puxei para mim, passei meus braços musculosos em volta de seu pequeno corpo. Kim correspondeu meu abraço, curvei minha cabeça para a esquerda encaixando meu rosto na curvatura de seu pescoço e cheirei seu cabelo. Porque ela tinha que ser tão cheirosa? Kim é toda linda enquanto eu sou um ogro. Como ela sempre disse. Sorri com algumas lembranças que vieram em minha cabeça.

– Você quer me beijar... – Kim sussurrou. Imediatamente olhei para ela que corou. Sorri e me aproximei de seus lábios dando inicio a um beijo calmo. Eu não tinha malicia alguma nessa noite, só queria ficar pertinho dela a beijando. O que eu não pude dar a ela, eu queria dar nessa última noite nossa juntos.

– Me perdoa... – supliquei no meio do nosso beijo. Kim abriu seus olhos e colocou seu dedo em minha boca.

– Só nós. – disse me imitando.

– Hum... – ela parou um pouco pensando e olhando a sala – Que tal o sofá? – sorriu para mim.

– Uma ótima ideia. – sentamos no pequeno sofá e o silêncio reinou.

– Irá voltar a Stratford quando? – Kim tentou iniciar uma conversa.

– Amanhã mesmo. – respondi e vi ela vacilar o olhar.

– Porque tão cedo? – perguntou.

– Não acha que isso está meio chato? – perguntei. Kim assentiu logo arrumando sua saia curta. Fitei suas coxas cobertas apenas por aquela meia preta.

– Estou aqui Justin. – cantarolou me fazendo olhar para seu rosto.

– Só estou analisando o prêmio que Adam ganhou. – ainda não tinha engolido essa história. Acho que Kim não conhece o verdadeiro Adam que eu conheço.

– Se isso foi um elogio, muito obrigada. – sorriu corando mais ainda.

– Você fica linda com vergonha.

– Merda Bieber, pare disso. Odeio essas coisas. – reclamou emburrada, gargalhei.

Ela é um monstro (ela é um monstro)
Lindo monstro (lindo monstro)
Lindo monstro (lindo monstro, é)
Mas eu não ligo (não ligo)

E eu preciso dela (preciso dela)
Disse que preciso dela (disse que preciso dela)
Lindo monstro (Oohh)
Mas eu não ligo (eu não ligo)
Mas eu não ligo

– Fica mais linda ainda emburrada. Parece aquelas patricinhas. – zoei ela. Kim odeia patricinhas.

– Não da pra ficar com você muito sem te xingar né seu imbecil. – estava rindo até o momento que ela se levantou e pulou em cima de mim tentando me bater.

– Deixa disso, Kim. Calma... SAI DE CIMA DE MIM. – tentava lutar contra o riso e seus tapas ao mesmo tempo. E não estava dando muito certo.

– IDIOTA, IDIOTA, IDIOTA, IDIOTA! – disse me dando tapas fortes.

– É sério, pô. Você tá gordinha, Kim... – Kimberly parou de me bater e passou a me olhar sem expressão alguma. Merda, eu tinha falado merda.

– GORDINHA ESTÁ A SUA VÓ! Ai que saber, chega, tchau Bieber. Boa viajem para você, até nunca mais! – disse indo até a minha mesa e pegando sua bolsa.

– Desculpa Kim. – corri até ela a impedindo de fazer qualquer ato.

– Você é muito idiota, sabia? – sabia – Age sem pensar e depois vem pedindo desculpa. Você acha que as coisas são assim, que é só fazer merda e depois ir lá pedir desculpa que já está esquecido. Não é assim porra, você é tão imbecil. Não sei como te amei.

Brincando com o meu coração
E ela está brincando com a minha mente
E eu não ligo, não, eu não ligo
Não, eu não ligo, não, eu não ligo
Não, eu não ligo, não, eu não ligo
Não, eu não ligo, não, eu não ligo

Não, eu não ligo
(Eu não ligo, não, eu não ligo...)
Não, eu não ligo
(Eu não ligo, não, eu não ligo...)
Não, eu não ligo
(Eu não ligo, não, eu não ligo...)
Não, eu não ligo

(Eu não ligo, não, eu não ligo...)

Jessie POV

Peguei Chris pelo braço e o levei para meu quarto. Não, eu não queria fazer nada com ele. Eu não fiz nada com ele. 
Tranquei a porta quando entramos e me sentei na ponta da cama, com as mãos entranhadas nos cabelos. Então comecei a chorar. Mas não era um choro normal. Eram gemidos e quase gritos de desespero, eu suspirava e não conseguia respirar direito. Em menos de três minutos, meu rosto estava banhado em lágrimas. 

- Jessie, o que foi? - perguntou Chris, assustado.
- Eu odeio ele! EU ODEIO TANTO ELE! - eu gritei. 
- Ah, Jess, não mente. É bem evidente que o que você sente por ele não é ódio. 
- Quê?
- É óbvio que você o ama. Quem odeia não entra em desespero e nem bebe e se droga. Quem odeia se vinga. Quem ama, faz de tudo para esquecer. Até mesmo tenta substituir essa pessoa...
- Droga, Chris, você é gay? - perguntei ainda chorando. - Como me entende tão bem? E como soube que eu tava me drogando?

Ele riu. 

- Eu te entendo porque você é minha amiga e porque eu vi o jeito como vocês se olharam lá embaixo. Eu conheço o ódio, Watterson, e ele não tem olhares como aqueles. E não é muito difícil notar que você tem usado drogas. A ponta do seu nariz tava bem vermelha quando a gente se encontrou ontem, e não era de choro. Você tá com olheiras muito carregadas e cheirando a cocaína. 
- POR QUE NÃO DISSE ISSO ANTES?
- Eu pensei que você se drogasse por diversão, ou vício! Não por mágoa... Você precisa parar. Isso vai te fazer muito mal, Jessie, amor deve ser algo bom não motivo pra querer a morte.

Enxuguei as lágrimas e respirei fundo.

- Chris, eu não sei se alguma vez você já se apaixonou, e caso já tenha se apaixonado, não sei como foi. Mas comigo, todas as vezes que eu tentei ser feliz com alguém, eu me ferrei feio. O Johnattan foi meu primeiro amor e minha primeira decepção amorosa, e provavelmente será a última, porque estou morrendo aos poucos. Eu não sou nada forte, Chris. Eu sou uma fraca, como ele disse. E eu sempre serei a garotinha desse desgraçado. A morte deve ser menos dolorosa do que amar alguém.

Mellanie POV

Eu estava paralisada, assimilando o que acabara de acontecer. Ele simplesmente deu um sorriso maléfico e saiu do local, fiquei horas chorando...

- Desgraçado... - Repetia para mim mesma

Audrey POV

Entrei no quarto onde se encontrava aquele projeto de puta, queria saber o que estava rolando...

- Hey, é melhor você me con... - Pausa - Você está bem?! O que aconteceu aqui?! - Espantei-me com aquela cena

- Aquele homem... É um monstro! - Ela disse entre soluços.

 Sua situação era deprimente, estava toda ensanguentada! Encolhida em um canto e estava chorando muito.

- Meu Deus! Não acredito nisso... Vou pegar umas roupas e algo para você comer.

Fui correndo até o meu quarto, pegando algumas roupas. Em seguida na cozinha e pegando alguns alimentos.
Voltei para o quarto onde estava aquela garota.

- Você precisa de um banho... Consegue levantar? - Disse fazendo sinal para que ela levantasse. 

- Talvez... - Tentou levantar, mas quase caiu no chão. Apoiou seus braços em meus ombros, e levei-a até o banheiro.

- Vamos andar mais rápido, antes que o Drake chegue.

Alguns minutos depois...

Voltei com ela já vestida, e a pus na cama. Entreguei a ela um pouco de alimento.

- Me conta o que aconteceu? - Disse.

- Tudo bem - Suspirou - Aquele monstro me sequestrou, por conta de dívidas com o meu "namorado"...

- Como se chama? - Perguntei interrompendo-a 

- Jason. 

- Bieber? - Perguntei confusa.

- Sim. Conhece?

- Sim, Jason fez coisas desumanas para família de Drake. Continue, querida.

- Bom, ele me me jogou aqui! E depois que você saiu daqui... Ele - Pausa- Me estuprou.

- Compreendo. Relaxa! Vai ficar tudo bem! Estou contigo... Você tem alguém? família? amigos?

- Obrigada. Não, não tenho. Só duas grandes amigas, mas não temos mais contatos.

- Entendi... Bom, vou indo. Vou conversar sério com aquele babaca! Qualquer coisa, estou aqui. Fique bem. - Disse indo em direção a porta.

- Obrigada... Mesmo.

- Como se chama?

- Mellanie. Só mell - Ela sorriu fraco.

- Me chamo Audrey - Disse e saí de lá.

Subindo as escadas me deparo com aquele filho da puta.

- Venha aqui! Agora mesmo! - Gritei.

Jason POV

Eu e Erick conseguimos falar com Drake. Ele disse que queria falar comigo pessoalmente. Em sua casa.

- Será que Mellanie está lá? - Erick perguntou apreensivo.

- Não tenho dúvidas. - Respondi sério.

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