Love Bandit - Capítulo 19 - Goodbye Canadá.

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Vamos fazer de conta que o carinha é Justin.

Isso não é um adeus, e sim um até logo.



– Justin...

– Não, eu não quero ouvir mais nada. Não vou ser corno.

– EU NÃO TRAI VOCÊ!

– Por que você não confessa logo Kathryne? Porque faz isso comigo? – Justin disse com a voz falha.

– Justin isso foi armado. Eu não fiz isso, não fiz. – Sentei com a cabeça em minhas mãos. Eu não estava acreditando nisso, eu não trai Justin. Não fui pra cama com Ian, eu estava dormindo. Sem duvidas Ian armou. Mas porque Ian armou? Ele é meu amigo, amigos não acabam com o seu relacionamento, não é?

– Por favor, Kathryne me poupe de suas cenas e faça-me favor de sair daqui.

– Não Justin. Não vou sair daqui, e sabe por quê? Porque te amo, te amo verdadeiramente como nunca amei alguém na minha vida. Você não vê que isso é armação, nunca que eu iria ir para cama com Ian se tenho você, por favor, né Justin. – Fui em direção a ele. – Sabe por que nunca vou ir pra cama com Ian? Porque você é o único, você é o único que eu quero tomar conta dos lábios, que quero contemplar as estrelas, que quero dormir de conchinha depois de uma noite de amor, que quero beijar vendo o pôr do sol, porque fica mais lindo contigo, que quero transar até perder o sentido, que quero amar até depois que o sol nascer, que quero casar, ter filhos, netos, e depois velhinhos caminharmos de mão dadas na praia e olhando o céu relembrar do passado e rir, chorar, abraçar, amar. É você Justin, o único que eu amo de verdade. 

– Eu não acredito em nenhuma palavra que você disse. – Justin disse com cara de desgosto.

– Duvide de tudo Justin. Tudo! Menos do meu amor por você.

– Nada do que você dizer vai mudar o que você fez comigo. Vai ser difícil, não vai ser só para você, mas para mim também. Mas eu não posso continuar com isso. Não posso Kath. – Assenti dando as costas para o mesmo e percebi que era ali que tudo tinha acabado. Era aquela hora que eu devia sair por aquela porta e não voltar mais.

E chorando desesperada querendo correr para seus braços e não solta-los nunca. Abri a porta e a última frase que eu consegui dizer foi: ''Eu te amo''.

Estava andando apresada pelo corredor e a cada passo, mais meu coração se despedaçava. Encontrei Pattie quando terminei de descer a escada e seu olhar denunciava o estado que eu deveria estar. Pattie parou na minha frente e me abraçou. Ela sabia que nada que ela dissesse iria mudar. Talvez um abraço confortasse. Mesmo querendo que ele acabasse com toda a dor que eu sentia. Mais Pattie me abraçou de um jeito tão carinhoso, sabe, daquele jeito que só ela sabe fazer. Parecia que ela realmente queria acabar com minha dor e enterrar tudo de ruim que eu sentia.

– Não chore, não chore. – Pattie disse vendo meu desespero e secando algumas lágrimas que caiam em disparada pela minha bochecha. – Justin só esta chateado. Vai ficar tudo bem.

– Pattie, acabou. Acabou para sempre. – Disse e sai dali batendo a porta com certa força.

Andei até a minha casa. Quando cheguei subi a escada correndo e fui direto para meu quarto trancando a porta e pulando para a minha cama, deixando todos as minhas lágrimas caírem à vontade.

[...]

Terminei de por minhas malas no bagageiro do meu Hyundai Elantra cinza. Virei-me suspirando e vendo minha família, era tão triste ter que deixá-los. Mas não é mais uma escolha, eu preciso fazer isso principalmente para o meu bem. Já estávamos em Janeiro de um novo ano e eu não conseguia esquecer-me dele. Toda noite era a mesma coisa, deitava na minha cama e faltava me desmanchar de tanto chorar. Eu nunca vou conseguir viver minha vida se não esquecer dele. E viver aqui, só vai me dar mais lembranças dele.
Corri para abraçar meu pai. Meu guerreiro, meu batalhador, meu herói, minha vida, meu tudo. Nunca vou esquecer-me do que ele fez para mim, para nós.

– Pai, eu prometo que vou voltar. Prometo.

– Tudo bem, eu sei que vai ser melhor para você querida. E prometo que vou aprender a usar o celular e assim podemos estar sempre juntos, mesmo estando longe. – Billy disse. Ri e olhei para minha irmã. Mell, mesmo pequena eu sabia que ela já sentia uma tristeza em seu pequeno peito. Digo isso, pois sempre fomos muito juntas, eu sempre fui a sua única amiga. Mellanie tem um problema muito grande para conversar com pessoas estranhas, os seus únicos amigos de verdade são os familiares que estiveram com ela desde nascer.

– Porque Kath? – Mell disse com sua voizinha e eu já estava quase a desabar só com uma pergunta dessa, pois é, eu me apeguei muito com essa coisinha, muito mesmo.

– Minha pequena, não importa o que eu vou ter que fazer, o que importa é que vou esquecê-lo. – Disse depois de ter me abaixado na altura dela.

– E num tem oto jeito? – Vi seus olhinhos ficarem esperançosos e ri pelo nariz do jeito que ela tinha embaralhado as palavras. 

Neguei com a cabeça e a abracei quase esmagando seus ossinhos. Depois de quebrar o abraço quase infinito nosso, levantei e olhei a única mulher da minha vida. A minha amiga fiel, a minha companheira, a minha guerreira, a minha mulher super maravilha, a minha escritora maravilhosa. A minha mãe.

Depois de um longo suspiro ela falou. – Você ainda nem entrou naquele carro e eu já estou com saudades. – Ri e dei um sorriso sem mostrar os dentes. Ela abriu os braços manhosa me chamando para ela e eu a abracei. Como se fosse o último, mesmo sabendo que não seria.

Me soltei dela e olhei para Amanda que estava de braços cruzados. Olhei para seus olhos azuis, e sim, ela estava chorando. Ri e ela percebeu e teve uma tentativa falha de esconder com sua franja. 

– Awn Mandy. – A abracei. Amanda era a que mais me entendia. Mesmo louca às vezes.

– Sua vaca, vai me ligar todo dia né? Não pensa que só porque vai pra Atlanta vai esquecer das amiga não hein. – Ri. Eu iria sentir falta dela, sem duvidas.

Me virei e era a hora de ir. Deixei algumas lágrimas escaparem vendo a minha vida toda ali, em só um lugar.

– Eu amo muito vocês. – Corri para eles e nos abraçamos todos juntos.

[...]

Depois que terminamos de nos despedir, eu liguei o carro e fui dirigindo. Mas antes de sair de Stratford, eu precisava fazer uma última coisa. Passei pelo seu bairro. Na frente da sua casa e juro ter visto Justin na janela do seu quarto. Mesmo sabendo que eu poderia muito bem estar errada, pois eu realmente queria vê-lo. E minha mente podia ter fantasiado.

Ah Justin, se você soubesse o tamanho da vontade que eu tenho de te beijar até o mundo acabar. E ter você me abraçando sabendo que não vou te perder. Não é por falta de coragem que eu não vou até a casa de Justin e falo tudo isso, muito menos por orgulho. Mais porque eu sei que ele vai me rejeitar. E isso só fará eu ficar pior ainda.

PVO Justin

– Justin, querido. Você precisa sair desse quarto. – Minha mãe disse batendo na porta. Já estava cansado de cinco em cincos minutos ela vir até aqui e fazer tudo, ela já sabe que eu não vou sair da minha cama porque ainda fica fazendo isso, achando que eu vou aceitar sair dessa cama pra enfrentar uma porra de uma merda de vida.

– Eu não vou sair. – Ouvi seu suspiro e depois o seu salto batendo contra o chão.Ótimo até que fim percebeu que eu não vou sair daqui.

Já sei o que vocês devem estar imaginando, que eu sou um perdedor e ainda por cima gay por estar assim por causa de uma garota. Que na verdade não é uma garota qualquer. Kath é uma garota perfeita, e por mesmo que eu não queira, eu a amo. E é horrível saber que você não pode satisfazer a pessoa que ama e ela corre para uma pessoa que dizia ser seu amigo.
Eu nunca conseguiria perdoar Kath por o que ela fez, mesmo sabendo que no fundo a amo tanto que nada irá fazer o meu amor por ela desaparecer.

Sai de meus pensamentos quando ouvi a porta sendo destrancada, me levantei apressadamente.
Por ali a figura de minha mãe apareceu, ela parecia chateada e objetiva ao mesmo tempo.

– Oque você tá fazendo? – Disse abismado pelo seu ato de entrar no meu quarto e já ir abrindo as cortinas e querendo mandar.

– Cansei de ver você nesse quarto. Justin chega, já faz mais de três semanas que você está assim. – Pattie colocou as mãos na cintura. – Você pensa que fazendo isso o seu relacionamento com ela vai se ajustar? Porque se você pensar assim vai morrer ai e você vai continuar a odiando por uma coisa que ela não fez.

Bufei, Pattie insistia que Kathryne não me atraiu e que foi Ian que armou tudo isso.

– Não acredito nela. – Disse voltando para a minha querida cama.

– COMO HOMENS SÃO BURROS! – Me assustei com a gritaria de Pattie. –  JUSTIN, EU NÃO ACREDITO QUE KATH TENHA MENTIDO PARA VOCÊ, QUE ELA TENHA TRAÍDO VOCÊ. EU VI EM SEUS OLHOS QUE ELA NÃO ESTAVA MENTINDO! ESTAVA ESCRITO EM SUA TESTA E VOCÊ NÃO QUIS ACREDITAR NELA, QUIS ACREDITAR NUMA MERDA QUE IAN TINHA DITO. – Ela bufou nervosa e saiu batendo a porta.

Suspirei e fui até o banheiro, me amaldiçoei por ter a idéia de ter ido até o banheiro e olhado no espelho. Eu estava pálido e, horrível em todos os sentidos.

Voltei para meu quarto e abri a janela. Olhei para a rua e no mesmo momento vi Kath passando dirigindo um carro. Um nó se formou em minha garganta, ela estava linda. Já sabia o que fazer, voltei para o banheiro e tomei um banho rápido. Logo já estava pronto.


Desci e peguei as chaves do meu carro.


E é isso :)

Desculpe pelos erros.
Comentem.
Beijos.

3 comentários:

  1. FIRST ONE!!!!! hehehehehehehehe Posta linda amei

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  2. Continuaaaw :3 se vc naaum continuar eu vo acaba ficando LOUCA

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  3. continuaaaaaaaa..Por Favor ta perfeiito demais...Posta logo

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